Um poema sobre a água pode ser uma boa maneira de conscientizar todos sobre a importância desse recurso utilizado sem muita consciência.
Podemos ser o Planeta Azul, é claro, mas isso não significa que tenhamos água potável em abundância. Grande parte dessa água está em locais que ainda não conseguimos chegar e outra parte – a maioria dela – é água salgada, que como todos sabemos, é impossível de beber.
É por isso que devemos nos conscientizar sobre nossas atitudes com o Planeta Terra. Não desperdiçar água, sempre fechar a torneira ao escovar os dentes, não tomar banhos exageradamente demorados…
Tudo isso são pequenas atitudes muito simples que podem fazer com que a humanidade consiga viver mais tempo sem ter uma crise de água.
Confira alguns poemas sobre a água que farão você refletir sobre a importância dela.
Poema sobre a água
O seguinte poema não é totalmente sobre a água, mas faz uma reflexão acerca dela que vale a pena ser comentada:
A água se ensina pela sede;
A terra, por oceanos navegados;
O êxtase, pela aflição;
A paz, pelos combates narrados (…)
Emily Dickinson
Nesse poema, a poetisa Dickinson diz uma frase curta, porém muito impactante: “A água se ensina pela sede”, ou seja, você só aprende a verdadeira importância da água quando não a tem. Isso é importante para aprendermos a valorizá-la antes de perde-la.
O próximo poema sobre a água é de João Batista Melo, famoso escritor mineiro e se chama “A falta d’água no mundo”.
De novo bem realista
a ONU vem alertar
que na África e na China
a água pode faltar
e conforme este argumento
não tendo planejamento
muita gente vai dançar
Sonho um Brasil d’água limpa
e vida cheia de moral
vencendo a poluição
e qualquer um temporal
se no mundo água faltar
vamos daqui sustentar
a demanda mundial
E vamos exportar água
em garrafões ou barril
com a marca registrada
”the água made in Brazil”
pra ditadores malvados
nem tendo Euros trocados
não vendemos nem um til
Recuperar nossas águas
é nosso grande dever
e convido a juventude
para lutar e vencer
e se alguém quiser mais água
seja China ou Nicarágua
termos pra dar e vender
E não se deve estranhar
se a escassez do produto,
levar potência estrangeira
a construir aguaduto
até por baixo do mar
a fim de daqui levar
água mais pra seu reduto
Temos de ser otimistas
em qualquer situação
só queremos que alguém
nos indique a direção
faça um cordel bem bonito
ilustrado e bem escrito
e mostre a população
Pois nosso caso é dramático
Não dá pra se brincar
A FALTA D’ ÁGUA NO MUNDO
é coisa de arrepiar
se não houver uma ação
até em nossa nação
a água pode faltar
Esse poema de João nos faz refletir sobre a falta de água no mundo inteiro e em como o autor quer que tenhamos água em abundância para poder enviar até mesmo para os outros países. Mas no final do texto ele dita: se não fizermos alguma coisa, até aqui no Brasil a água pode faltar.
Esse próximo poema sobre a água é de António Gedeão, um poeta de Portugal, chamado “Lição sobre a água”:
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, ácidos, base e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
Poema sobre a importância da água
A água é o bem mais precioso que temos. Ao redor do planeta, já existem milhões de pessoas sofrendo pela falta de água.
Ela é o que nos hidrata e nos mantém de pé. Recomenda-se que o ser humano beba pelo menos 2 litros de água por dia. Para muitas pessoas, isso pode ser encontrado facilmente nos mercados ou fazendo uma simples ligação para que entreguem na sua casa.
Já para outras pessoas, a realidade é outra: alguns caminham horas para conseguir encontrar uma fonte de água, e muitas vezes essas águas não são apropriadas para o consumo humano, o que pode desencadear diversas doenças.
Confira alguns poemas sobre a importância da água:
O primeiro é de Maria da Conceição do Amparo, e diz o seguinte:
Água fonte de vida
Água esperança
Água que mata a sede
Água que molha a planta.
Água que brota da terra
Água que sai do chão
Água que molha o trigo
Trigo que faz o pão.
Água que sangra das pedras
Água que vem da natureza
Água que nos dá alegria
Água que revigora a beleza.
Água que rola da serra
Água que jorra do chão
Água que enche rios
Água que transborda ribeirões.
Água que enche lagos
Água que enche lagoas
Água que corre para o mar
Água que corre á toa.
Água que move moinhos
Água que faz girar
Água que não descansa
Água que faz navegar.
Água nossa de cada dia
Água que nos dá energia
Água que nos dá calor
Água que nos procria.
Água de cada dia
Água da nascente
Água que cria a gente
Água que nos faz respirar
Água que sai da terra
Água que sai do ventre das matas
Que cai das cascatas.
Água fonte de vida
Água que brota dos córregos
Água que jamais voltará
Água nossa de cada dia.
A próxima poesia é de Paula Belmino, e ressalta as utilidades da água e sua importância, chamando-a de “líquido mais rico do mundo”.
Água de beber
Água pra lavar
Água poupe água
Eu quero me banhar.
Vida e luz
Rio azul, ondas do mar
Água doce
Pra sede matar.
Água…
Fonte esgotável
Clárida água
E gotas de orvalho.
Suor e sangue
Vida em movimento
Água em ciclos
Nuvens cheias de sentimento.
Água
preservar sua fonte é indispensável.
Bica, lagoa, poço profundo
Água a razão da vida
O líquido mais rico do mundo.
Poema sobre a água com rima
A rima dá um ar todo musical ao poema. Poemas com rima são bonitos de ler, ainda mais se tratar de temas tão importantes como a água.
O primeiro é de Evelyn Heine e se chama “Água doce, doce água”.
De mar é feita a terra,
De água é feita a gente.
Abaixo o desperdício!
Poupar água: coisa urgente!
Clara, doce ou gelada,
Verde, azul ou transparente,
Sem a água não há nada.
Nem floresta, nem semente.
Água doce mata a sede,
Água doce é a que lava.
Cachoeira, rio ou fonte…
Só não pode ser salgada.
Tanto bate até que fura,
Diz ditado popular…
Cuida dela! Você jura?
Vamos economizar!
O último poema com rimas é de José Couto e se chama “Água fresca”:
Água que molhas o chão,
vem lavar o meu rosto,
sentir-te na palma da mão,
assim fresca é um gosto.
Água que regas as plantas,
deixas os campos verdejantes,
com a tua frescura encantas,
e nada fica como d’antes.
Água que nas nuvens viajas,
e regressas ao chão a chover,
todos te dizem, bem hajas,
és tu que nos dás de comer.
Água que matas a minha sede,
saída bem fresca da fonte
e mesmo no cano da parede,
eu sei que vieste do monte.
O poema sobre a água é uma boa maneira de incentivar todos a colaborar com o planeta e gastar menos água, para que todos tenhamos um futuro com recursos naturais para todos. Confira também nossa matéria sobre Poema Visual.